Após a ocupação policial na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, no domingo (13), o clima na favela e em seu entorno foi de aparente tranquilidade nesta segunda-feira.
Durante todo o dia, policiais civis e militares vasculharam a comunidade à procura de armas e drogas deixadas pelos traficantes. Agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública rebocaram motos e veículos estacionados irregularmente. Os serviços de transporte, como vans e motos, continuam operando normalmente.
De acordo com a União para Melhorias aos Moradores da Rocinha, a partir da quarta-feira (16), os serviços de urbanização chegarão ao local.
Segundo a entidade, integrantes da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio farão estudos no interior da Rocinha para instalar serviços de sinalização de ruas, manutenção e iluminação pública.
INVESTIMENTOS
O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda que R$ 100 milhões serão investidos em obras de melhorias na comunidade nos próximos três meses. De acordo com o secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, os investimentos serão feitos em urbanização, plano inclinado com elevador, parque ecológico, creche e biblioteca.
Segundo Neves, o estado estava planejando a ocupação da Rocinha há quatro meses. Em nota, o secretário informa que será regularizado o abastecimento de água, além de consertados os vazamentos em sete elevatórias do sistema de abastecimento da região.
Neves destacou ainda que o plano inclinado será construído entre a saída do túnel Zuzu Angel e a rua 1, onde 3 mil pessoas serão transportadas por dia.
O estado também anunciou uma parceria com a iniciativa privada para garantir aos moradores da Rocinha instalação de TV por assinatura a preços populares.
A comunidade ganhará ainda um parque ecológico, que será construído na área conhecida como Portão Vermelho. No local, moram atualmente 250 famílias que deverão ser reassentadas e levadas para unidades habitacionais do governo. Já a região conhecida como Largo do Boiadeiro será urbanizada e receberá obras de prevenção a enchentes.
OCUPAÇÃO
A ocupação nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Sol ocorreu na madrugada de domingo, sem que tiros fossem disparados. Criminosos espalharam óleo nas ruas e montaram algumas barricadas para dificultar o acesso dos policiais, mas não houve confrontos.
O governo do Estado informou as forças de segurança dominaram as comunidades em aproximadamente duas horas.
"Estamos mudando um paradigma e libertando essas comunidades do jugo do tráfico", disse ontem o secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.
DESPEDIDA
Moradores da Rocinha informaram, sob condição de anonimato, que nos últimos dias como proprietário informal da favela, Nem deu cinco dias de festas regadas a cerveja e música. Foi entre o fim de outubro e o início deste mês, afirmam.
As festas, segundo os moradores, foram despedida dos tempos de "reinado" e, também, para comemorar a vitória de uma chapa da associação de moradores que ele apoiaria.
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