O enviado das Nações Unidas ao Haiti, Edmond Mulet, pediu nesta sexta-feira (19) o fim dos protestos motivados pela epidemia de cólera que assola o país, e que nos últimos dias mataram três pessoas das forças de paz da organização, a Minustah. - A cada segundo que passa se pode salvar ou perder milhares de vidas. Mulet pede para os manifestantes parar de bloquear estradas, pontes e aeroportos de forma que a ajuda humanitária vital chegue aos milhares de afetados pela epidemia de cólera, que já matou 1.186 pessoas, segundo o último balanço. A ONU informou que os protestos, alguns dos quais acusam os soldados de paz de terem introduzido a doença no Haiti, estão sendo "orquestrados" por interessados nas eleições de 28 de novembro. - Se esta situação continuar, cada vez mais pacientes que precisam desesperadamente de cuidados médicos provavelmente morrerão, e mais haitianos que esperam por cuidados preventivos possivelmente adoecerão. Segundo o comunicado da ONU, a violência está impedindo que sejam distribuídas diariamente refeições a 190 mil crianças nas escolas de Cap Haïtien, através do World Food Programme (WFP). A representante do programa no Haiti, Myrta Kaular, alerta para a situação de incapacidade da ajuda humanitária. - Se a violência continuar, quem pagará o preço serão os mais vulneráveis. Doença chega a dez regiões e se alastra para países vizinhos De acordo com os dados oficiais, o cólera foi identificado nas dez regiões do Haiti. Na capital, houve o registro de 38 mortes, a maioria delas na favela Cité Soleil. Além disso, a epidemia de cólera inevitavelmente chegará à República Dominicana, país vizinho, mas deverá ter consequências menos graves, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, afirmou que as melhores condições sanitárias da República Dominicana indicam que a doença, que causa diarreia, deverá ser menos perigosa. - Não esperamos que sejam tão altos como no Haiti. O cólera também já chegou aos Estados Unidos. Autoridades sanitárias da Flórida registraram um caso, de um morador local que visitou a família no Haiti, mas a doença não corre o risco de se disseminar.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
ONU pede o fim de protestos por epidemia de cólera no Haiti
18:16
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