Para isso, a Embratur, autarquia estatal que promove o turismo brasileiro, vai colocar R$ 8 milhões em um programa-piloto para divulgar novos destinos turísticos do país.
A ideia do programa "Voo Direto" é fazer com que os Estados fechem parcerias com operadoras de turismo para garantir voos fretados para as cidades onde pretendem explorar o potencial turístico.
Segundo o presidente da Embratur, Flavio Dino, os Estados interessados em aderir ao programa deverão entregar um plano promocional, que será avaliado e pontuado.
A proposta que tiver mais pontos vai abocanhar um volume maior de recursos para promover no exterior a localidade escolhida. Um dos critérios a serem avaliados é a ociosidade do aeroporto local: quanto maior for, mais pontos ganha.
O Estado deverá ainda firmar parceria com uma operadora de turismo para garantir frequência de voos. Para baratear os preços, a operadora terá de assumir o compromisso de oferecer voos durante a baixa temporada.
Saldo negativo
Os gastos de brasileiros no exterior dispararam nos últimos anos. Em 2011, os turistas pagaram US$ 21,1 bilhões (R$ 36,2 bilhões) em despesas e compras em outros países, um crescimento de 29% em relação a 2010, ano em que os gastos já haviam crescido 51%.
Enquanto isso, os turistas estrangeiros deixaram pouco mais de US$ 6,7 bilhões (R$ 11,5 bilhões) no Brasil, o que provocou um déficit de quase US$ 15 bilhões (R$ 25,7 bilhões) nessa conta no ano passado.
Para o presidente da Embratur, boa parte do saldo negativo das viagens internacionais é justificada pela taxa de câmbio.
Na avaliação de Flavio Dino, é preciso criar medidas que incentivem a entrada de estrangeiros no país, em vez de torcer pela desvalorização do real em relação ao dólar para que os brasileiros deixem de viajar para fora.
- Não dá para imaginar que todos os problemas vão se resolver com uma depreciação cambial.