O opositor Conselho Nacional de Segurança (CNT) da Líbia acusou nesta terça-feira (12) as forças leais a Muammar Gaddafi de terem matado 10 mil pessoas desde o início do conflito na Líbia e mencionou outros 20 mil desaparecidos e 30 mil feridos.
Ali Al Isawi, representante do CNT, fez a afirmação após reunir-se em Luxemburgo com os chefes da diplomacia europeia.
- Atualmente, temos 10 mil pessoas mortas nas mãos dos soldados de Gaddafi, assim como 20 mil desaparecidos e 30 mil feridos, dos quais 7.000 correm perigo de morte. Esperamos por parte do mundo inteiro um apoio total à resolução 1.973 do Conselho de Segurança da ONU sobre a Líbia.
A resolução aprovou a ação das forças aliadas contra Gaddafi na Líbia como o objetivo de proteger a população civil dos ataques que, segundo o Ocidente, vinham sendo empregados pelo ditador.
Rebeldes pedem armas para combater ditador
Outro porta-voz, Abdel Hafiz Ghoga, disse na cidade líbia de Benghazi - desde sempre, um bastião dos opositores - que os rebeldes pediram armas aos países que reconheceram seu conselho nacional como o único representante da Líbia.
- Enviamos uma lista de equipamentos técnicos e militares que precisamos.[...] Obviamente pedimos aos países que já reconheceram o conselho nacional transicional como o único representante para a Líbia.
França, Qatar e Itália reconheceram que os rebeldes controlam o leste do país, onde uma campanha militar contra as forças do líder Muammar Gaddafi chegou num impasse, apesar dos ataques aéreos realizados pela Otan.
A França lidera os pedidos por uma intervenção militar na Líbia, depois que manifestações populares no leste se transformaram numa guerra.
Ghoga disse que os rebeldes elevaram a segurança nos campos de petróleo depois que ataques de forças leais a Gaddafi forçaram a paralisação da produção. Ele não deu detalhes.
As forças de Gaddafi ainda ocupam partes do porto petrolífero de Brega, segundo Ghoga.
Gaddafi acusa Otan de ter matado civis
Nesta terça-feira, a TV estatal líbia disse que um ataque aéreo da Otan (aliança militar do Ocidente) na cidade de Kikla, a cerca de 100 km ao sul da capital Trípoli, matou civis e membros das forças policiais.
Segundo a emissora Al Jamahiriya, em uma manchete escrita na tela, um bombardeio "atingiu membros da força pública de segurança responsáveis pelo policiamento de trânsito e verificação de identidades".
- Todos os membros da força de segurança, assim como algumas crianças, mulheres e homens, foram martirizados no ataque.
A Al Jamahiriya não deu detalhes sobre o número de mortos no incidente, que teria acontecido nesta segunda-feira (11).
Jornalistas não têm permissão para trabalhar livremente no oeste da Líbia, o que torna difícil verificar informações de ambos os lados do conflito no país.
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