Um dos sobreviventes do ataque da Escola Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi conhecer a sede do Fluminense, seu clube do coração. O estudante Diego Vargas se encontrou com os jogadores, ganhou camiseta personalizada e até deu entrevistas, mas a imprensa não pode fazer imagens desse encontro. O menino levou um tiro no abdome e outro na mão. Em poucas palavras ele resumiu o que sentiu ao ter a oportunidade de conhecer os jogadores. - É uma alegria vir aqui ver meu time. Por volta das 8h do dia 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos). Conheça as vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira Acompanhe a cobertura completa do caso Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez dezenas de disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos. Duas adolescentes, uma delas ferida, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça. Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus. Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados no dia 8 e uma foi cremadana manhã do dia 9. Oliveira só foi enterrado na manhã do dia 22 porque nenhum parente compareceu ao IML para liberar o corpo no prazo de 15 dias. O cadáver foi catalogado como "não reclamado" e sepultado em uma cova rasa no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte, após autorização da Justiça. Assista ao vídeo
Entenda o caso
sábado, 23 de abril de 2011
Sobrevivente do massacre de Realengo visita sede do Fluminense
13:43
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